Os balantas (palavra que significa literalmente "aqueles que resistem")são um grupo étnico nigero-congolês dividido entre a Guiné-Bissau, o Senegal e a Gâmbia.São o maior grupo étnico da Guiné-Bissau, representando mais de 25% da população total do país. No entanto, mantiveram-se sempre fora do estado colonial e pós-colonial, devido à sua organização social. Os balantas podem ser divididos em seis subgrupos: balantas bravos, balantas cunantes, balantas de dentro, balantas de fora, balantas manés e balantas nagas. Os arqueólogos crêem que o povo que viria a ser os balantas migrou para a atual Guiné-Bissau em grupos pequenos entre os séculos X e XIV d.C. Durante o século XIX, espalharam-se ao longo da área do mesmo país e do sul do Senegal, de forma a resistirem à expansão do reino de Gabu. A tradição oral entre os balantas diz que estes migraram para oeste desde a área onde são hoje o Egito, Sudão e Etiópia para escapar à seca e às guerras. Hoje, os balantas encontram-se principalmente nas regiões sul e centro da Guiné-Bissau. São maioritariamente agricultores e criadores de gado, principalmente porcos. Existe uma importante população balanta em Angola.
Bissau-Velho, o centro histórico da cidade, e o ilhéu do Rei, em imagem aérea de 1960. Bissau possui um imenso património histórico-arquitectónico, que faz dela uma das mais belas capitais do continente, principalmente no bairro/setor conhecido como Bissau-Velho, onde está localizado o Mercado de Bandim, o Edifício dos Correios, o Farolim da Catedral de Bissau, a Fortaleza d'Amura, contendo o mausoléu de Amílcar Cabral (líder nacionalista que ajudou a fundar o Partido Africano pela Independência da Guiné e Cabo Verde – PAIGC), o edifício do Instituto Nacional de Artes da Guiné-Bissau, edifício da Câmara de Comércio de Bissau (de autoria do arquitecto português Jorge Ferreira Chaves, actual sede do PAIGC) e das imponentes Sé-Catedral de Nossa Senhora da Candelária e Mesquita de Attadamun. Vários dos seus edifícios foram arruinados durante a guerra civil, incluindo o Palácio Presidencial e o Centro de Cultura Francesa da Guiné-Bissau. Há ainda locais de interesse para conhecimento histórico, como é o caso do Museu Etnográfico Nacional de Bissau e do Museu Militar da Luta de Libertação Nacional. Entre os locais importantes erguidos no pós-independência da capital há o monumento do Memorial Pidjiguiti, construído em homenagem aos pescadores, barqueiros e apeadores mortos na Greve das Docas de Bissau, em 3 de agosto de 1959; outros monumentos incluem o Palácio Colinas de Boé, a Ponte Amílcar Cabral, o Edifício do Banco Central dos Estados da África Ocidental, entre outros. Entre os atractivos naturais há várias praias, como a do Suro, e os ilhéus do Rei e de Bandim.
A principal prática desportiva bissauense é o futebol, tanto que as principais equipas futebolísticas da nação estão sediadas na cidade, dentre elas a União Desportiva Internacional de Bissau, o Sporting Clube de Bissau, o Sport Clube dos Portos de Bissau, o Sport Bissau e Benfica e o FC Cuntum. Para a prática desportiva há o Complexo Desportivo Lino Correia e o Estádio Nacional 24 de Setembro. A equipa não possui nenhum jogador de renome internacional. Os mais conhecidos jogaram e jogam em equipas médias e de pequeno porte da ex-colónia Portugal, com destaque para Bebiano Gomes, mais conhecido por Bio, que representou o Benfica nas camadas de formação de 1980 a 1983 e jogou em equipas do primeiro plano do futebol português, tais como, o Sporting Clube Farense por empréstimo do Benfica (3 épocas- duas na Primeira Divisão e 1 na Segunda Divisão)- onde foi
Campeão Nacional da Segunda Divisão em 1986, Futebol Clube de Penafiel (4 épocas - duas na Primeira e duas na Segunda), Futebol Clube Tirsense (1 época- na Primeira Divisão), Beira Mar (1 época na Primeira Divisão), Academico de Viseu (1 época na Segunda Divisão), foi internacional pela Selecção da Guiné-Bissau. Sufrim Lopes, ex-jogador da Naval, mas que possui cidadania portuguesa. Bocundji Ca (com passagem pelo Nantes), Almami Moreira (ex-jogador de Boavista, Hamburgo, Dínamo de Moscovo e Partizan Belgrado) e Braíma Injai (que fez praticamente toda a carreira em Portugal) são outros jogadores conhecidos da Guiné-Bissau. Bruma, que joga atualmente no PSV Eindhoven, Éder, o herói da Final do Euro 2016 e Danilo Pereira, do FC Porto, apesar de serem guineenses de nascimento, optaram por defender a Seleção Portuguesa. Nunca participou da Copa do Mundo. Em 1998 a seleção foi banida por ter desistido das Eliminatórias da CAN de 1996 com as mesmas em andamento. A sua primeira (e até ao momento a única) participação na CAN foi na edição de 2017, ganha pela seleção dos Camarões. A equipa somou 1 empate e 2 derotas, ficando em último lugar no grupo A, onde estavam a Burquina Faso, os Camarões e o Gabão. Os seus resultados mais expressivos são na Copa Amílcar Cabral quando obteve o vice-campeonato da competição em 1983 e também obtendo por cinco vezes o quarto lugar em 1979, 1995, 2001, 2005 e 2007.